Estava lendo a revista Época (16 de março de 2009, n° 565) quando uma reportagem bem curiosa me chamou atenção:
Estou grávida da minha namorada
Um casal de lésbicas de São Paulo pode ser o primeiro a registrar os filhos com o nome de duas mães.
Munira Khalil El Ourra não vai dar à luz, mas é mãe de duas crianças que vão nascer até a primeira semana de maio. Quem está na 31ª semana de gestação é sua companheira, Adriana Tito Maciel. A barriga é de Adriana. Os óvulos fecundados que grudaram no útero dela pertenciam a Munira. Os bebês serão paridos e amamentados por Adriana, de pele marrom e cabelo que nasce crespo. Mas terão a cara de Munira, branquinha e de cabelo liso.
Adriana descobriu no seu ginecologista que seu útero estava ameaçado por uma doença que já tinha lhe arrancado o ovário direito, a endometriose. O médico disse a ela que uma gravidez reduziria o problema em 80% e ela ainda teria chance de ter um filho antes que o útero ficasse inválido. Os planos mudaram quando Adriana Descobriu que só tinha metade do ovário esquerdo e já não podia engravidar com seus próprios óvulos.
O médico sugeriu que Munira cedesse os seus óvulos. Se elas usassem o sêmen de um homem com os mesmos traços de Adriana o Filho seria parecido com as duas mães.
Decisão tomada, era preciso fazer alguns exames e começar o tratamento hormonal para estimular os ovários de Munira. Os óvulos de Munira deveriam estar prontos para a inseminação artificial na mesma época em que o útero de Adriana estivesse pronto para receber os embriões. Doze dias após a transferência dos embriões Adriana fez um exame de sangue e confirmou o sucesso: estava grávida de gêmeos.
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